Arte contemporânea não é minha praia. Não era, na verdade, até um tempo atrás. Isso foi até eu descobrir que existe uma diferença entre arte contemporânea e masturbação mental. Nesse processo, amadureci e também vi que nem tudo se expressa com coerência, e que existem certos canais de expressão que não são verbais.
Mas ainda acho que tem arte contemporânea, especialmente na área de artes plásticas, que é masturbação mental. Se você vai fazer algo pra você, fica em casa, não expõe numa galeria ou vai prum teatro. A não ser que essa seja a sua proposta. Mas eu não preciso gostar da sua proposta.
Coisas como "Work in Progress", "Arte Conceitual", "Resignificação de Conceito" dá margem a muita coisa ruim. E muita coisa boa também, é fato. Mas produzir algo bom é difícil em qualquer área. E fazer coisas ruins é fácil.
Fui para essa mostra de processo, na qual o diretor explicou os objetivos e os rumos do projeto e o que aconteceria ali naquela noite. Não era um ensaio aberto. Era uma exposição de como um ensaio se desenrola para eles, como funciona um dia de trabalho. Que técnicas, que exercícios eles usam, nesse estágio inicial, para moldar os personagens e as situações.
Parece meio chato, do jeito que eu falo.
Foi ótimo.
Não sei se é porque eu faço teatro, mas foi muito bom ver aquele processo. Era natural. O diretor dava as intruções para os atores, eles às vezes chegavam a criar cenas, que no próximo minuto eram descartadas ou eram apenas um método de se chegar a um estado para aí sim construir a cena. E todas as cenas eram interessantes. Os exercícios que víamos os atores fazendo eram interessantes. Eles estavam à vontade, na maior parte do tempo.
O que víamos chamava a atenção. Ver a obra tomando forma era bonito.
E depois houve um diálogo com os atores. Os comentários de algumas pessoas valeu a pena. O de outras me deu vontade de puxar um revólver, mas isso não importa para a aobra em si. Foi uma experiência muito boa.
Vou tentar assistir a peça quando estrear.
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